É dada a largada da especialização em processamento de linguagem natural (PNL)

Inédita no Brasil, terceira turma foi inaugurada com palestra sobre PNL no Judiciário

 

Texto: Izadora Araújo 

 

Na noite do dia 15 de Setembro de 2025, durante uma transmissão ao vivo no YouTube UFG Oficial, conhecemos os novos integrantes da terceira turma da Especialização em Processamento de Linguagem Natural (PNL), promovida pelo Centro de Competência Embrapii em Tecnologias Imersivas (AKCIT), que é vinculado ao Instituto de Informática (INF/UFG). Os participantes do curso agora integram os mais de dois mil estudantes que compõem o quadro do INF/UFG, como pontua Sérgio Teixeira, diretor do instituto. 

Na abertura, a professora Deborah Fernandes, que também é coordenadora da turma, deu boas-vindas aos participantes: “A vocês que hoje iniciam essa jornada, quero destacar que este curso é uma oportunidade de crescimento técnico, mas também de construção coletiva. Aqui o aprendizado se fortalece na troca de experiências, no diálogo e no compromisso de transformar conhecimento em soluções. Desejo a todos vocês que estejam aqui”, pontua. 

A professora Renata Dutra Braga, gestora da equipe de produção do AKCIT/UFG, fez um detalhamento da temática da especialização. Em sua fala, ela explica que o processamento de linguagem natural é um campo multidisciplinar e inovador que integra conhecimentos da linguística, da ciência da computação e da inteligência artificial. Atualmente, ele sustenta diversas soluções que influenciam áreas como a saúde, a indústria criativa, os setores corporativos, públicos e educacionais. Por isso, capacitar profissionais neste domínio é apostar em agentes chave da transformação tecnológica e digital no Brasil.

Embora o foco seja esta que é a primeira especialização em linguagem neural do Brasil, a professora Larissa Matsuda, da Pró-Reitoria de Pós-graduação da UFG destaca outras possibilidades alinhadas à temática “Nós temos alguns cursos que a UFG ministra em parceria com o Ministério da Justiça já há alguns anos. Conectando a área de direito com outras áreas, como a saúde, por exemplo, no atendimento em aeronaves, no direito da mulher, enfrentamento à violência, e também temos alguns cursos e parcerias conectando a área de tecnologia da informação com a área jurídica, por exemplo, como o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás”.

A live que marcou a inauguração do curso, trouxe um diálogo entre o uso de Inteligência Artificial e a área jurídica, por meio da palestra de Rodrigo Gonçalves de Souza, Juiz Federal do TRF da 1ª Região. Com o título de "PNL no Judiciário: como a Inteligência Artificial está transformando a Justiça Brasileira”, o foco foi abordar as aplicações na área, assim como trazer questionamentos ao público presente. 

Para a área do direito, a IA ainda é um assunto recente, mas Rodrigo destaca a importância de não só conversar com as máquinas com uma linguagem natural, mas trazer esse uso para otimizar os processos comuns ao campo jurídico, área que lida constante e diretamente com a linguagem.

Diante do crescente uso da inteligência artificial no Judiciário, Rodrigo também pontuou aos presentes, a necessidade de uma regulamentação adequada. Em 2025, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) publicou a Resolução 615, que estabelece diretrizes para o uso da IA, especialmente da generativa, por magistrados e servidores. A norma permite o uso dessas ferramentas, mas define formas corretas e autorizadas de utilizá-las, restringindo usos inadequados.

 

Para acessar a live na íntegra, clique aqui. 

Acesse também as informações sobre a especialização aqui.

 

Live PNL no Jurídico 2

 

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