Chamada para o Workshop Preliminar – ETAPA 3

Evento

: Laboratório 254 - Prédio do INF/UFG - Campus Samambaia

: 09 de Abril 2024 - 14h às 17h

Nesta 5ª edição, o evento de divulgação do Projeto Web 3.0 terá como foco principal a apresentação dos resultados parciais por meio do Workshop preliminar sobre definição da prova de conceito e seu conteúdo (ETAPA 3). Na oportunidade, serão exibidos o ambiente experimental pré-configurado, os resultados preliminares e a visão de arquitetura da PoC. A partir de um caso de uso no domínio da saúde, visando a transferência do cuidado de saúde de um paciente, a PoC se destina a demonstrar a aplicação das tecnologias habilitadoras da Web 3.0.

O Workshop visa a divulgar os resultados preliminares dos estudos concernentes à Etapa 3. Nas etapas anteriores, os estudos se ocuparam em compreender os conceitos chaves e as tecnologias habilitadoras da Web 3.0. Na Etapa 1, as pesquisas permitiram elucidar os conceitos tecnológicos e os fundamentos acerca da Web 3.0 a partir dos estudos desenvolvidos nos eixos temáticos do projeto. Na Etapa 2, o trabalho de pesquisa buscou analisar estudos de caso e relatos de experiência internacionais e nacionais envolvendo os diferentes eixos temáticos do projeto.

Para a Etapa 3, serão realizadas análises compreensivas e a sistematização final das pesquisas a partir da entrega de uma prova de conceito exploratória.

O Workshop acontecerá no dia 09 de Abril de 2024, das 14 às 17h.

Local: Instituto de Informática da Universidade Federal de Goiás

O evento ocorrerá de forma Presencial e Online (Anatel e Convidados)

Presencial: Laboratório 254 - Prédio do INF/UFG - Campus Samambaia (clique no link para visualizar o mapa)

Remoto: transmissão on-line pelo Microsoft Teams (clique no link pra entrar na sala)

 

Programação – Dia 09/Abr [14:00 – 17:00]

14h00

Abertura

  • Representantes Anatel | FAPEG | UFG

14h20

Definição da Prova de Conceito

  • Eliomar Araújo de Lima | Universidade Federal de Goiás (INF/UFG)

  • Fábio Moreira Costa | Universidade Federal de Goiás (INF/UFG)

  • Flávio Geraldo Coelho da Rocha | Universidade Federal de Goiás (EMC/UFG)

  • Kleber Vieira Cardoso | Universidade Federal de Goiás (INF/UFG)

  • Noeli Antônia Pimentel Vaz | Universidade Estadual de Goiás (IACT/UEG)

  • Sand Luz Correa | Universidade Federal de Goiás (INF/UFG)

  • Sérgio Teixeira de Carvalho | Universidade Federal de Goiás (INF/UFG)

15h20

Exibição dos Resultados Parciais

  • Elton Vivot Dias | Graduação (INF/UFG)

  • Karlla Bianca Chaves Rodrigues | Mestranda (PPGCC/INF/UFG)

  • Luciano de Souza Fraga | Mestrando (PPGCC/INF/UFG)

  • Noeli Antônia Pimentel Vaz | Universidade Estadual de Goiás (IACT/UEG)

  • Rafael Rodrigues Silva | Graduação (INF/UFG)

  • Renato Silva Dias | Graduação (INF/UFG)

 

16h20

Sessão de discussões e dúvidas

 

16h50

Encerramento

  • Representantes Anatel | FAPEG | UFG

 

Resumo

A Etapa 3 está focada na demonstração da prova de conceito do Projeto “Avaliação de Impacto da Web 3.0: Descentralizada, Imersiva, Semântica, Centrada no Usuário e Conectada com o Mundo Ciberfísico”. Além de elucidar os aspectos nucleares da Web 3.0, o projeto visa entender como a nova e promissora geração da Web que ora está em expansão, influenciará na vida das pessoas, nas empresas e no papel que as agências reguladoras de telecomunicações e do ecossistema digital passarão a assumir. O projeto é financiado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG).

A PoC diz respeito à proposta de um protótipo experimental de uma aplicação Web 3.0 no contexto do atendimento e da transferência de cuidado de saúde de um paciente. Estamos considerando, aqui, um contexto geral em que o paciente e os profissionais de saúde podem estar distantes remotamente, por meio de um sistema descentralizado e baseado em uma experiência imersiva. O fluxo está organizado em quatro estágios. Primeiramente, o paciente faz uma consulta com um oftalmologista para realizar um exame de glaucoma; no segundo estágio, o médico avalia os dados do exame e realiza o diagnóstico. Enquanto isso, o paciente acessa um sistema para acompanhar a liberação do resultado do exame. No terceiro estágio, considerando que o glaucoma foi diagnosticado, o oftalmologista se reúne com um médico especialista que ficará responsável pelo cuidado do paciente. Por fim, no último estágio, o médico especialista atende o paciente para iniciar o seu tratamento. 

Para esta prova de conceito, exploramos os habilitadores tecnológicos da Web 3.0, como: imersividade, metaverso, gêmeos digitais, redes 5G, computação de borda, blockchain e inteligência artificial.

Vamos ao primeiro estágio então? Ele está subdividida em dois momentos: pré-consulta e consulta. 

Na pré-consulta, o paciente e um profissional de saúde de apoio estão no mesmo ambiente físico e um médico oftalmologista em outro ambiente remoto. O paciente veste um relógio inteligente e outros sensores que captam, em tempo real, seus sinais vitais e os encaminham para um servidor de borda usando uma rede 5G. O paciente veste também óculos de imersividade e realidade aumentada. Neste momento, ele é solicitado pelo médico a responder, usando gestos, um questionário digital sobre a sua condição de saúde que aparece no sistema dos óculos. Caso esse paciente seja surdo, ele pode ver as questões em Libras. O médico também utiliza um par de óculos e, por meio de realidade aumentada, observa os sinais vitais monitorados utilizando um gêmeo digital do paciente. No final dessa etapa, havendo o consentimento do paciente, os dados advindos dos sinais vitais e as respostas ao questionário são gravadas em seu registro eletrônico de saúde utilizando a tecnologia de rede blockchain. A comunicação entre os óculos e o servidor que guarda o registro eletrônico ocorre mediante uma rede 5G.

No momento seguinte, da consulta, o paciente retira os óculos imersivos e coloca no rosto o pupilômetro, um aparelho responsável por captar as imagens da pupila. A pupilometria é iniciada e um fluxo de vídeo das imagens das pupilas é enviado pelo pupilômetro para um servidor de borda também através da rede 5G. No servidor, um sistema de detecção faz a identificação e a medição das pupilas que aparecem no fluxo usando técnicas de inteligência artificial.  Quando o exame é finalizado, o médico pode visualizar, usando óculos de realidade aumentada, um gráfico que possui curvas relativas ao comportamento da pupila. Havendo problemas com os dados captados, o médico informa o paciente e o profissional de apoio refaz o exame. Caso contrário, o médico submete esse resultado ao servidor de borda para armazenamento no registro eletrônico de saúde do paciente usando um banco de dados e uma blockchain.

Vamos agora ao segundo estágio, o qual se caracteriza pelo diagnóstico feito pelo médico e pelo acesso do paciente ao resultado do exame.

O médico aciona outra inteligência artificial que analisa os dados e produz um relatório de auxílio ao diagnóstico de glaucoma. De posse dessa análise, a qual pode ser consultada e comparada com outras informações por meio de um gêmeo digital do paciente em um ambiente de realidade aumentada ou virtual, o médico faz o diagnóstico e o envia para armazenamento no registro eletrônico de saúde do paciente. O paciente, por sua vez, utilizando um assistente virtual - sistema de chatbot, faz consulta ao seu registro eletrônico de saúde para obter o resultado e os detalhes do exame. 

Falaremos agora do terceiro estágio da PoC, em que ocorre a transferência de cuidado do paciente.

Nesta etapa, o médico oftalmologista que realizou o exame se encontra com um médico especialista que dará prosseguimento ao caso. Ambos os médicos estão em locais físicos distintos, mas se reúnem em uma sala virtual privada de um ambiente de metaverso. Apresentando-se por meio de avatares, os médicos validam seu acesso ao registro eletrônico de saúde do paciente por meio da blockchain. Nesse momento, o gêmeo digital do paciente é apresentado, permitindo o acesso dos médicos às informações de saúde e possibilitando que discutam sobre o resultado do exame de glaucoma e sobre possíveis formas de tratamento. Uma inteligência artificial conversacional estará de prontidão na sala para receber e responder a solicitações dos médicos sobre os dados do paciente e sobre conhecimentos médicos.

No último estágio da PoC, o paciente realiza uma consulta com o médico que o acompanhará no tratamento do glaucoma com o apoio de tecnologia interativa 3D.

O paciente e o médico podem ou não estar no mesmo espaço físico. Se estiverem em locais diferentes, ambos usam os óculos de imersão para entrar em uma sala virtual privada do metaverso onde acontecerá a consulta. O médico tem acesso ao gêmeo digital do paciente, validado pela Blockchain, possibilitando a consulta ao seu registro eletrônico de saúde. O médico também pode usar recursos digitais educativos no ambiente 3D para explicar ao paciente o glaucoma. 

Se o médico e o paciente estiverem no mesmo espaço, como em um consultório médico, ainda assim eles podem utilizar os óculos imersivos, neste caso, para acessar os conteúdos digitais em 3D por meio de realidade aumentada.

Agradecemos à Anatel e à FAPEG pelo apoio ao projeto. Não perca outros vídeos do projeto neste canal.